Tem pão velho?
Tem pão velho?
17/10/2002 22:37
Vou contar um fato corriqueiro, que, inesperadamente, me
trouxe uma grande lição de vida.
Era um fim de tarde de sábado. Eu estava molhando o
jardim da minha casa, quando fui interpelada por um
garotinho com pouco mais de 9 anos, dizendo:
- Dona, tem pão velho?
Essa coisa de pedir pão velho sempre me incomodou desde
criança.
Olhei para aquele menino tão nostálgico e perguntei:
- Onde você mora?
- Depois do zoológico.
- Bem longe, hein?
- É... mas eu tenho que pedir as coisas para comer.
- Você está na escola?
- Não. Minha mãe não pode comprar material.
- Seu pai mora com vocês?
- Ele sumiu.
E o papo prosseguiu, até que disse:
- Vou buscar o pão. Serve pão novo?
- Não precisa, não. A senhora já conversou comigo, isso
é suficiente.
Esta resposta caiu em mim como um raio. Tive a sensação
de ter absorvido toda a solidão e a falta de amor
daquela criança, daquele menino de apenas 9 anos, já sem
sonhos, sem brinquedos, sem comida, sem escola e tão
necessitado de um papo, de uma conversa amiga.
Caros amigos, quantas lições podemos tirar desta
resposta:
"Não precisa, não. A senhora já conversou comigo, isso é
suficiente!"
Que poder mágico tem o gesto de falar e ouvir com amor!
Alguns anos já se passaram e continuam pedindo "pão
velho" na minha casa...
e eu dando "pão novo", mas procurando antes compartilhar
o pão das pequenas conversas, o pão dos gestos que
acolhem e promovem.
Este pão de amor não fica velho, porque é fabricado no
coração de quem acredita Naquele que disse: "Eu sou o
pão da vida!"
Verifique quantas pessoas talvez estejam esperando só
uma palavra sua...
(Antônio Maia)
trouxe uma grande lição de vida.
Era um fim de tarde de sábado. Eu estava molhando o
jardim da minha casa, quando fui interpelada por um
garotinho com pouco mais de 9 anos, dizendo:
- Dona, tem pão velho?
Essa coisa de pedir pão velho sempre me incomodou desde
criança.
Olhei para aquele menino tão nostálgico e perguntei:
- Onde você mora?
- Depois do zoológico.
- Bem longe, hein?
- É... mas eu tenho que pedir as coisas para comer.
- Você está na escola?
- Não. Minha mãe não pode comprar material.
- Seu pai mora com vocês?
- Ele sumiu.
E o papo prosseguiu, até que disse:
- Vou buscar o pão. Serve pão novo?
- Não precisa, não. A senhora já conversou comigo, isso
é suficiente.
Esta resposta caiu em mim como um raio. Tive a sensação
de ter absorvido toda a solidão e a falta de amor
daquela criança, daquele menino de apenas 9 anos, já sem
sonhos, sem brinquedos, sem comida, sem escola e tão
necessitado de um papo, de uma conversa amiga.
Caros amigos, quantas lições podemos tirar desta
resposta:
"Não precisa, não. A senhora já conversou comigo, isso é
suficiente!"
Que poder mágico tem o gesto de falar e ouvir com amor!
Alguns anos já se passaram e continuam pedindo "pão
velho" na minha casa...
e eu dando "pão novo", mas procurando antes compartilhar
o pão das pequenas conversas, o pão dos gestos que
acolhem e promovem.
Este pão de amor não fica velho, porque é fabricado no
coração de quem acredita Naquele que disse: "Eu sou o
pão da vida!"
Verifique quantas pessoas talvez estejam esperando só
uma palavra sua...
(Antônio Maia)
- Gerar link
- Outros aplicativos
Comentários
Postar um comentário