Senado aprova MP e fim do fator previdenciário
Publicação:
2015-05-28 00:00:00
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Brasília (AE) - O plenário do Senado aprovou
ontem a Medida Provisória 664, que restringe as regras de acesso à pensão por
morte e ao auxílio-doença. Por 50 votos a favor, 18 contra e três abstenções,
os senadores mantiveram a proposta, incluída pela Câmara dos Deputados, que
acrescentou a alternativa ao fator previdenciário. A segunda MP do ajuste
fiscal aprovada pelo Senado segue agora para sanção da presidente Dilma
Rousseff, que ainda não se manifestou publicamente se irá manter ou vetar a
fórmula alternativa ao fator.
O fator previdenciário
atualmente em vigor reduz o valor do benefício de quem se aposenta por tempo de
contribuição antes de atingir 65 anos (nos casos de homens) ou 60 (mulheres). O
tempo mínimo de contribuição para aposentadoria é de 35 anos para homens e de
30 para mulheres. Essa regra, que acaba por adiar a concessão de uma
aposentadoria integral, foi criada em 1999 pelo governo Fernando Henrique
Cardoso como forma de conter o crescimento acelerado dos gastos da Previdência
Social.
Durante o processo de
votação, parlamentares da base e da oposição cobraram do governo o compromisso
de não mexer no texto aprovado pelo Senado. O senador Paulo Paim (PT-RS), um
dos principais entusiastas do fim do fator no Congresso, cobrou uma posição do
líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), quanto a este ponto.
Delcídio orientou os aliados a votarem a favor da MP 664 da forma como veio da
Câmara, mas preferiu não se referir a um eventual veto de Dilma. "Se a
gente votar fazendo conjecturas do futuro, pelo amor de Deus, teremos que
conjecturar sobre a eternidade da maçã", disse Delcídio.
Paulo Paim afirmou que o
próprio ex-presidente Lula defendeu o fim do fator previdenciário,
em conversa recente que manteve com ele e com o presidente da CUT, Wagner
Freitas. "Ele (Lula) disse que cada um deveria votar com a sua consciência
e que não havia nada no estatuto do PT que dissesse que eu deveria votar contra
a minha consciência e contra os trabalhadores", disse Paim. "Ele
disse que era uma bandeira importante: conseguir resolver uma vez por todas (o
fim) do fator. Disse que gostaria de não ter vetado."
A MP foi editada no final do ano passado para, segundo o governo, evitar "fraudes e distorções" no pagamento dos dois benefícios. Entre as mudanças propostas, está, por exemplo, a exigência de ao menos dois anos de casamento ou união estável para ter direito a pensão por morte. A expectativa da equipe econômica era economizar cerca de R$ 2 bilhões com as mudanças.
(fonte: Jornal Tribuna do Norte)
A MP foi editada no final do ano passado para, segundo o governo, evitar "fraudes e distorções" no pagamento dos dois benefícios. Entre as mudanças propostas, está, por exemplo, a exigência de ao menos dois anos de casamento ou união estável para ter direito a pensão por morte. A expectativa da equipe econômica era economizar cerca de R$ 2 bilhões com as mudanças.
(fonte: Jornal Tribuna do Norte)
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