"Tá Ligado?" - Essa vai "prá" você, Adolescente!

Para escrever essa matéria de hoje, digo: a mais especial em um ano e pouco de Blog na Web, precisei "consultar" minha Pedagoga predileta; minha filha, que trabalha com Educação Infantil em dois Estabelecimentos Públicos, como Concursada. No café, da manhã, o qual faço questão absoluta de caprichar sempre, com o objetivo de conquistá-las a cada novo amanhecer. Perguntei-lhe: "Filhinha, qual o melhor termo para "chamar" à atenção dos adolescentes, hoje?". Ela começou a sorrir e perguntou: "Tá ligada?". Prontamente, respondi: "Tô ligada!" Começamos a dar gargalhadas. Então, ainda estava atualizada, pois apesar da dinâmica constante da "língua ou seria linguagem?" Vamos deixar essa questão para os Linguistas, era esse o termo que eu utilizava quando lecionava, porque como geralmente, meus alunos eram fora de faixa, tinham uma vida meio transitória entre a adolescência e a juventude. E, a única forma de chamar à atenção deles era falar os mesmos termos linguísticos - as mesmas palavras -, suas gírias. Recordo, que um certo dia estava explicando um assunto e um garoto dos seus quinze ano, por aí, estava mais na "lua" do que na sala de aula; então, me dirigi, diretamente a ele: "Hei "fulano", "tá pensando na "mina"? Ao que ele respondeu: "Tá ligada, né profi." Daí, em diante, nunca mais ele "voo" nas minhas aulas. O ruim era que tinha que "pegar" alguns termos rapidamente e com muita atenção, pois pensem como é difícil a "gíria" desses adolescentes e jovens! Sou sincera; tinha ocasiões que quem se perdia era a professora mesmo!!! O assunto de hoje é: Escute seus Pais. Quebrei todas as expectativas, não foi? Pensaram que eu fosse falar de "outras coisitas mais..." Vamos lá: na minha adolescência, na faixa de 14 anos, quando já voltara à casa dos meus pais, costumava conversar muito com o meu pai, mais especificamente, devido a minha saudosa e querida mãe ter sérios problemas com o álcool, tendo meu "brother" ter que assumir o papel de pai e mãe,por muitas vezes; isso criou um relacionamento muito estreito e íntimo por demais, entre nós filhos com o nosso sábio e dedicado pai. Certo dia, estávamos dialogando eu e papai, sozinhos, quando súbito, ele disse:"eu só amei uma mulher em minha vida!" Na minha inocência e pouca experiência ou nenhuma de relacionamento, pois ainda não tivera namorado, comecei a namorar com exatos, 15 anos, perguntei:"É a mamãe?" Ele disse:"Não", enfaticamente. Olhei para ele e comecei a chorar e murmurei entre lágrimas: "O senhor não ama minha mãe!" Ao que ele, sinceramente, respondeu-me: "Amo muito, filhinha, mas de modo diferente, Um dia, quando você crescer irá entender do que estou falando, não depende de nós, nem sempre casamos com a nossa grande paixão, nosso grande amor!" Sabem o que eu fiz? Já que estava em férias do colégio, pedi "uma grana ao coroa", escrevi-lhe uma carta de despedida e me mandei para a cidade de Goianinha, distante cerca de 40 Km da capital Natal/RN/Brasil, de lá fui para Arês. Acham que parei por aí? Como fiquei em casa de Irmãos em Cristo - sempre tive muitos amigos, tanto Cristãos ou não,não tive dificuldades de hospedagem -, parti para Canguaretama/RN, a cidade aonde nasci e na qual, na época, uma das minhas irmãs, já casada, residia. Coitado do meu pai! Ficou desesperado. Mas, como sempre fui muito consciente, mesmo sendo adolescente, senti a necessidade de informá-lo aonde eu estava, pois o amava e respeitava tanto, que já havia me arrependido da minha atitude. Entretanto, eu precisava refletir sobre o que meu pai me dissera e tinha que ser bem longe dele...Já pensaram: uma adolescente que precisa de tempo para pensar (bem, a adolescente Anne Frank, em seu "O Diário de Anne Frank", também, entrou em conflito com "PIM", seu pai -vale a pena ler essa obra prima, duma adolescente que viveu o Holocausto ). Resumindo: no momento que considerei adequado, retornei. Meu pai, encheu-me de beijos. Nunca me esqueci disso! Mas, só nós dois sabíamos o porquê da minha "viagem", ele nunca contou a ninguém: era o nosso segredo! Cresci, namorei, apaixonei-me muito por um dos meus namorados e casei, com outro. OU seja: é possível sim, amar pessoas de forma diferente! Meu pai tinha razão - ELES SEMPRE TÊM RAZÃO, ACREDITEM! O importante é amarmos sempre. Tenham um dia de paz!

Comentários

Postagens mais visitadas