HOMENAGEM AO MEU ESPOSO: 29 ANOS DE CASADOS



Foto do nosso bolo de casamento

Hoje faz vinte e nove (29) anos que casamos. Parece que foi ontem! Sinto o mesmo que sentia há 29 anos atrás, todas às vezes que olho para o meu esposo. Tenho mesmo que sentir, pois o escolhi para vivermos juntos, até o dia que Deus quiser! Fui eu que o amei antes, mesmo quando Ele não me conhecia, por isso, ele me chama de "bruxa", pois "bati" os olhos Nele pela primeira vez, mesmo sem Ele me perceber e disse para minha amiga do Curso Técnico de Saneamento: "Lá está o meu futuro marido". "Ficou maluca!", ela me respondeu: "Você nem o conhece". "Mas vou casar com Ele", disse, enfaticamente. Estava no último ano do meu Curso Técnico e, mesmo estudando na mesma instituição, era a primeira vez que o via; estudávamos em turnos diferentes. Ele entrara na instituição seis meses antes de mim, por isso, já terminara o curso e estava estagiando na CAERN/RN/BRASIL. Só o avistei naquele dia, porque Ele voltara para fazer um mini-curso, à tarde, de "Análise de Água" e eu, mesmo não tendo concluído, ainda, também estava no mesmo curso. Depois que eu disse que casaria com Ele, mesmo sem Ele saber e nem me conhecer, passamos uma semana juntos, na mesma sala e "o cara" nem me percebeu: também pudera, magérrima como eu era e sem-graça, não me admira que Ele não tenha me percebido. Entretanto, Ele não saiu dos meus pensamentos. Eu tinha certeza absoluta que casaria com Ele.
Não deu outra. Seis meses depois, fui estagiar na mesma Empresa que Ele. Quando fui encaminhada para minha sala, ou seja; a sala dos técnicos, dei de cara com Ele. Pensei: "lá está o meu futuro marido." Fomos apresentados. Passamos a trabalhar na mesma Obra de Saneamento Básico: Sistema Condominial de Esgotos Sanitários - Projeto Piloto, bairro das Rocas, Brasília Teimosa e Quintas, por último.
Pasmem! Brigávamos por qualquer coisinha, qualquer motivo. Todos os estagiários deviam "passar" pelas obras em andamento, para aprenderem a prática. Quando fui encaminhada para trabalhar com Ele, foi terrível; Ele não queria que eu ficasse na obra que Ele fiscalizava. As brigas aumentaram, mas fiquei!
Um certo dia aconteceu um fato desolador: quando eu estava medindo um trecho de canalização, escorreguei e cai, literalmente, dentro de uma fossa mal-compactada: fiquei com a perna toda suja de merda, ainda bem que eu estava de calça comprida e de tênis, senão o desastre seria pior. Quando cheguei ao Canteiro de Obras, no final da tarde, pois continuei trabalhando, mesmo suja, Ele tirou o maior "sarro" da minha cara. Fiquei com ódio e disse: Deus é justo!
Cerca de uma semana depois, chega Arimatéia, esse é seu nome, sem camisa no Canteiro de Obras. Pensem que me apaixonei mais: o baixinho tinha ombros lindos! Só que naquela ocasião, foi minha vez de "malhar" com Ele, pois tomara um belo banho de merda, quando fiscalizava a obra, devido quando do esgotamento de uma fossa, a mangueira estava furada e ao ligarem a bomba, Ele foi totalmente atingido, só deu tempo "virar de costas". Foi a primeira vez que Ele me chamou de "bruxa".
Teve um dia, quando voltávamos da obra, estávamos no último banco da Kombi e começamos a brigar "do nada". Quando desci, bati a porta do carro tão rápido e com tanta força, que se Ele não tivesse tirado a mão, eu teria casado com um homem aleijado. Foi legal!
Resumindo: Na época, eu tinha namorado, mesmo sendo "feinha". Entretanto, já começávamos a nos entender e eu ficava horas a fio conversando com Ele, após o expediente e, deixava meu namorado esperando em minha casa. Meus pais, não sabiam o porquê, por isso não tinham desculpas para o "fulano". Nessa altura do campeonato, já estávamos apaixonados. Todos os dias que eu chegava para trabalhar, Ele tinha colocado um chocolate no meu birô. E foi assim que me conquistou.
Casamos um ano e meio depois de nos conhecermos, no Dia dos Namorados e, até hoje, Ele me chama de "bruxa", mas não importa, sei que Ele me ama muito, assim como eu o amo cada vez mais e é isso: temos um casal de filhos, ainda brigamos, mas tenho certeza que nos amaremos para sempre, ou até a próxima briga.

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