ASSUNTO: RESENHAS (Fonte: Retirado de lendo.org e www.portalvillanews.blogspot.com.br/Flor de Maio)
ASSUNTO:
RESENHAS (Fonte: Retirado de lendo.org)
Como um gênero textual, uma resenha
nada mais é que um texto em forma de síntese que expressa a opinião do autor
sobre um determinado assunto.
Como uma síntese, a resenha deve ir direto ao ponto,
mesclando momentos de pura descrição com momentos de crítica direta. O
resenhista que conseguir equilibrar perfeitamente esses dois pontos terá
escrito a resenha ideal.
No entanto, sendo um gênero necessariamente breve, é perigoso
recorrermos ao erro de sermos superficiais demais. Nosso texto precisa mostrar
ao leitor as principais características do fato cultural, sejam elas boas ou
ruins, mas sem esquecer-se de argumentar em determinados pontos e nunca usar
expressões como “Eu gostei” ou “Eu não gostei”.
Tipos de Resenha
Há alguns tipos de resenhas. A mais conhecida delas é a resenha acadêmica, que apresenta moldes bastante rígidos, responsáveis pela padronização dos textos científicos. Ela, por sua vez, também se subdivide em resenha crítica, resenha descritiva e resenha temática.
Há alguns tipos de resenhas. A mais conhecida delas é a resenha acadêmica, que apresenta moldes bastante rígidos, responsáveis pela padronização dos textos científicos. Ela, por sua vez, também se subdivide em resenha crítica, resenha descritiva e resenha temática.
Na resenha acadêmica crítica,
os nove passos a seguir formam um guia ideal para uma produção completa:
1. Identifique a obra: coloque
os dados bibliográficos essenciais do livro ou artigo que você vai resenhar;
2. Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o conteúdo do texto a ser resenhado;
3. Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco narrativo ou até, de forma sutil, o número de páginas do texto completo;
4. Descreva o conteúdo: Aqui sim, utilize de 3 a 5 parágrafos para resumir claramente o texto resenhado;
5. Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua opinião. 6. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo comparações ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em aula. É difícil encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos para isso, porém não há um limite estabelecido. Dê asas ao seu senso crítico.
7. Recomende a obra: Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora de analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém). Utilize elementos sociais ou pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda etc.
8. Identifique o autor: Cuidado! Aqui você fala quem é o autor da obra que foi resenhada e não do autor da resenha (no caso, você). Fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador.
9. Assine e identifique-se: Agora sim. No último parágrafo você escreve seu nome e fala algo como “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”
2. Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o conteúdo do texto a ser resenhado;
3. Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco narrativo ou até, de forma sutil, o número de páginas do texto completo;
4. Descreva o conteúdo: Aqui sim, utilize de 3 a 5 parágrafos para resumir claramente o texto resenhado;
5. Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua opinião. 6. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo comparações ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em aula. É difícil encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos para isso, porém não há um limite estabelecido. Dê asas ao seu senso crítico.
7. Recomende a obra: Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora de analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém). Utilize elementos sociais ou pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda etc.
8. Identifique o autor: Cuidado! Aqui você fala quem é o autor da obra que foi resenhada e não do autor da resenha (no caso, você). Fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador.
9. Assine e identifique-se: Agora sim. No último parágrafo você escreve seu nome e fala algo como “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”
Na resenha acadêmica descritiva, os passos são
exatamente os mesmos, excluindo-se o passo de número 5. Como o próprio nome já
diz, a resenha descritiva apenas descreve, não expõe a opinião do resenhista.
Resenha acadêmica
temática - Como fazer?
§
Não se
restringe a uma só obra e/ou a um só autor. Pode envolver vários
textos-base, uma vez que desenvolve
um tema.
§
Pode
apresentar a evolução de determinado conceito em um único autor (por exemplo,
podemos construir uma resenha temática com o propósito de demonstrar como a
noção de cultura evoluiu nas obras do autor X);
§
Pode apresentar e comparar
posicionamentos de diferentes autores sobre um mesmo tema (por exemplo, podemos
construir uma resenha temática com o propósito de demonstrar como os
autores X, Y e Z definem cultura).
§
Nas
práticas de produção de textos acadêmicos, a resenha temática é muito
utilizada, uma vez que pode compor a fundamentação teórica de projetos ou
relatórios de pesquisa, artigos acadêmico-científicos, monografias, teses,
dissertações ou outros gêneros do discurso acadêmico, em que se discutem os
pressupostos teóricos que serão utilizados.
§
Na composição
da resenha, é preciso ter cuidado com os modos de fazer referência ao discurso
do outro. Vejamos alguns exemplos:
No
entendimento de Machado (2003) /De acordo com Machado (2003)/ Segundo Machado
(2003)....
Nas últimas décadas tem havido crescente interesse
pelo estudo de gêneros (cf. MARCUSCHI, 2002, MACHADO, 2003, BONINI, 2001).
Motta-Roth (2002) discute a função social
da resenha.
§
Outro
cuidado importante diz respeito à escolha de verbos que atribuem atos de atos
de linguagem ao autor do texto-base (a escolha de determinados verbos evidencia
que o aluno-retextualizador conseguiu inferir as ações discursivas realizadas
pelo autor do texto-base). Exs.:definir, descrever, discutir, confrontar,
abordar, etc.
§
Também o
uso de modalizadores é importante na construção do discurso acadêmico. Exemplos:
“Esta pesquisa parece demonstrar”...
“Nosso trabalho busca
oferecer algumas
contribuições”...
§
§ Vejamos um quadro adaptado de Carvalho (2005), que
sintetiza o processo de composição de uma resenha temática
Etapa 1: leitura e estudo dos textos-base
|
Etapa 2: Produção da resenha temática
|
a) Leitura e compreensão de diferentes textos-base
|
1) Planejamento
a) comparação das idéias discutidas nos textos-base, com o agrupamento das
concordâncias e das discordâncias;
b) articulação do que foi levantado para a
constituição do novo texto – a resenha temática.
|
b) Identificação dos pontos principais de cada um a partir dos
objetivos de leitura
|
2) Redação
a) apresentação e contextualização do tema (com ênfase na
sua relevância e pertinência);
b) dados breves sobre cada autor e sua obra ou dados sobre cada
obra (quando se tratar de uma resenha sobre idéias de um mesmo autor);
c) apresentação das
idéias de cada autor (ou texto); d) articulação entre as idéias
dos diferentes autores (ou textos).
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3) Revisão
|
Fonte: CARVALHO, E. M. et alli. Português Instrumental:
produção de texto acadêmico. São Paulo: PUC - SP, 2005.
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