Crônica: E o "véio" gostou.

E lá vinha eu no ônibus de número 08, o que faz a linha bairro de Redinha até o Campus Universitário da capital do RN/Brasil, ou melhor dizendo, liga a Zona Sul até a Praia da Redinha - Zona Norte. Voltava do trabalho. Como era sábado, o ônibus estava lotado, pois as pessoas voltam da praia, exatamente, no horário que saio do trabalho, às seis horas da noite.

Costumo sentar nos últimos bancos, pois assim posso ver todas as pessoas que entram no coletivo, já que na nossa capital, subimos pela dianteira e descemos pela porta traseira. Como já disse, o coletivo estava lotado, o que me aborrecia bastante, pois já vinha exausta de mais um dia de trabalho.

Súbito, sobe uma senhora gorda, alta, loira, na faixa de seus 40 anos e muito bonita, acompanhada de uma "reca" de meninos. Passei a observá-la. Minha intuição dizia que meu dia iria terminar com muitas gargalhadas. Não deu outra. Lá vem ela na minha direção e as crianças acompanhando. Parecia muito educada, pois pedia licença, "empurrava" as pessoas e avançava para a porta traseira e as crianças, atrás.

Parou, bem próximo do meu banco e desatou a conversar, bem alto, com alguém. De repente, soube que as crianças não eram dela; eram das suas vizinhas, as quais "emprestavam" seus filhos para ela e assim, ela ficava na Praia da Redinha apenas, vigiando as crianças "trabalharem", isto é, vigiarem carros e pedirem esmolas.

De repente, o ônibus freia bruscamente e a dita senhora cai de cheio, sentada no colo de um senhor velho. Outras pessoas tentaram ajudá-la a se levantar. Nessa altura do acontecido, eu já adivinhara, que ainda vinha coisa...Quem disse que a mulher se constrangeu! Simplesmente, virou-se, olhou para o idoso e disse: "_ Já que estou sentada, vou ficar aqui.

Nem preciso dizer que todos já estavam em gargalhadas e eu, continuava séria, tentando me conter, porém quando o velhinho, agarrou a mulher pela cintura e puxou-a mais para perto de si, não me contive e gargalhei com os outros. Pensem na algazarra: uns diziam: "_ Se deu bem, "veinho"!, Outros:" _ Sente aqui, no meu colo!" e mais outro: "_Cuidado para não ter um enfarte."

Alheio a tudo, o "veinho" apertava cada vez mais a mulher. Desci no meu ponto e  ele seguiu viagem no "bem bom"!




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