Dia Mundial de Combate á AIDS (por Ludimila Mendonça, em 30.11.15)

O primeiro dia de dezembro foi o escolhido para pensar o combate de uma doença que assustou o mundo quando descoberta
Apesar de todos os programas de combate a níveis mundiais, a AIDS ainda contamina mais de 7 mil pessoas por dia.
A Aids, sigla para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, era conhecida nos anos 80 como “A Maldita”. Essa doença foi reconhecida no início da década de 80, quando foi registrada formalmente. Os primeiros casos reconhecidos foram em homens homossexuais oriundos de grandes cidades norte-americanas. Esse fato levou ao pensamento errôneo de que a doença estava ligada a homossexualidade.
Hoje este estigma já foi superado. É de conhecimento público que independente da orientação sexual o comportamento de risco é manter relações sexuais sem preservativos. As vias de transmissão são sanguínea, esperma e secreção vaginal e o leite materno. Ou seja além de relações sexuais desprotegidas, uso de material perfuro cortante contaminado, ainda pode passar da mãe para o bebê.
Cuba se tornou esse ano o primeiro país a eliminar completamente a transmissão vertical (de mãe para filho). O êxito nesse processo de eliminação se deve a atenção que o sistema cubano de saúde oferece nas questões preventivas. O governo assegura as mulheres um pré-natal adequado que inclui os testes de HIV. A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu a importância deste mérito em uma futura erradicação da doença.
Hoje é o dia designado pela OMS dedicado a conscientização e combate à AIDS. Essa data vigora desde o final dos anos 80 em todo o mundo. Os dados que o site da OMS oferece indicam que no final de 2014, mais de 36 milhões de pessoas estavam infectadas pelo HIV. No começo desse ano apenas 15 milhões de pessoas estavam recebendo o coquetel antirretroviral, que é o método de controle da doença. No Brasil o tratamento é completamente gratuito, assim como o teste de HIV.
O vírus sob os holofotes
“Pode escrever aí que eu com a maldita”, essas foram as palavras de Cazuza ao dar a primeira entrevista ao jornalista Zeca Camargo, em que revelava ser soropositivo. O termo soropositivo quer dizer que os exames revelaram a presença de células de defesa que “lutam” contra o HIV.
O jornalista conta que Cazuza lhe ofereceu o copo em que tomava vinho na ocasião da entrevista, como se fosse um desafio. Mas era um desafio a ignorância, pois se trata de uma doença cercada de preconceito, mas ele aceitou o copo. Isso serve para lembrar que saliva não transmite AIDS.
Outras personalidades da música e das telas também foram contaminadas pelo HIV, fato que de certa forma trouxe mais esclarecimento a população sobre a doença. O último caso de celebridade que tornou público o fato de ser portador do vírus da AIDS é do ator Charlie Sheen.
Charlie é a estrela do seriado de sucesso “Dois homens e meio”, onde vive um personagem que é um típico boa vida que vive para o sexo com belas mulheres e para o álcool. Na vida real, o ator leva uma vida parecida, mas em um nível mais pesado, envolvendo o uso indiscriminado de drogas e sexo sem proteção, que levaram a contaminação pelo vírus.
Outras personalidades públicas também enfrentaram a doença, como o vocalista da banda Queen, Freddie Mercury, falecido em 91. Caio Fernando Abreu, poeta que tem ganhado muitos jovens fãs por causa de seus poemas disseminados pelas redes sociais. Renato Russo, front da Legião Urbana, que faleceu em 96. O jogador de basquete Magic Jonhson, também é soropositivo, hoje o atleta é considerado porta voz do combate a doença.
Comportamentos de risco
Comportamentos e condições que colocam os indivíduos em maior risco de contrair o HIV incluem:         
 Manter relações sexuais desprotegidas. Sendo sexo anal, vaginal ou oral         
Ter outra infecção sexualmente transmissível, como sífilis, herpes, clamídia, gonorréia e vaginose bacteriana         
Compartilhamento de agulhas contaminadas, seringas ou outros objetos perfuro cortantes compartilhados         
Receber injeções inseguras, transfusões de sangue, procedimentos médicos ou não que envolvem corte não esterilizado, como piercings e tatuagens           
Ferimentos acidentais com  agulha, incluindo o caso de trabalhadores da saúde.
FONTE: www.google.com.br
NOTA: Na reportagem original, vocês leitores têm acesso à fotografia de Cazuza, por exemplo.


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