Agora eu sei que não foi Pesadelo.

Queridos leitores, até mesmo meu atual Psiquiatra, considera que eu deva esquecer tudo o que aconteceu comigo nessa última crise, pois segundo Ele isso pode ajudar no meu tratamento. Contudo não concordo com meu psiquiatra, pelo contrário forço a minha mente para tentar me lembrar dos mínimos detalhes. Tem funcionado, porque estou começando aos pouquinhos a me recordar de alguns detalhes importantes, que ocorreram durante os quinze (15) dias que fiquei "hibernando", metaforicamente falando.
Analisando os dias 05/10 à 11/10,  portanto sete (07) dias, lembro-me que fui me conscientizando do que estava acontecendo comigo e que estava internada outra vez, embora não soubesse onde e nem o porquê. Meu esposo me visitava e minha cunhada Raquel, também. As outras pessoas da família não conseguiam, pois conforme relatos dos enfermeiros, pacientes e do meu esposo a situação estava horrível.
Lembro-me que no dia 07 de outubro, sexta-feira, meu marido foi me visitar e quando eu o vi, fiquei felicíssima, como se o sol brilhasse mais, era a primeira visita na qual eu estava consciente. Pensei: vou para minha casa! Mas, tive que ficar no hospital, pois o psiquiatra que me atendia, não tinha plantão naquela sexta-feira e por isso, não podiam me liberar. Confesso que entrei em "parafuso", fiquei irada, então gritei várias bobagens. Tipo: vou me suicidar se não me liberarem hoje, agora!". Meu esposo ficou apavorado, eu nunca tinha falado em suícidio durante todo o tempo em que fiquei depressiva.
Resumindo: Meu esposo foi para casa sozinho e depois ele me confidenciou que não "pregou" os olhos durante toda a noite. Quanto a mim, fui abordada por dois enfermeiros, que queriam me "acalmar" aplicando-me uma injeção. Reagi e eles não conseguiram me conter. Pediram ajuda a três pacientes e só assim, conseguiram injetar o líquido da injeção. Mesmo assim, não conseguiam me segurar, então escutei quando um dos enfermeiros gritou código vermelho, usando um rádio. No mesmo instante, pensei: eles vão me aplicar outra injeção. Fingi que tinha desmaiado, dormido, tanto faz! Deixei o corpo mole e nesse momento os "brutamonstros" chegaram. Um deles foi logo dizendo: "há ela já se acalmou! Como eu queria ter chegado na hora em que ela estava brava. É desse tipo que gosto de "acalmar". O outro completou: "vamos levá-la para o quarto e amarrá-la, eu só queria que ela fizesse gracinha com a gente, que ela ia ver o que aconteceria". Amarraram-me e sairam do quarto. Abri os olhos e agradeci ao meu Deus. Naquele instante, eu entendi, que não estava sozinha!

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